Versículo para memorizar: (Jr 2.13)

"O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água."

Introdução

Jesus falou que não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus (Mt 4:4). Se tomarmos essa palavra pelo contrário encontraremos uma verdade devastadora: Sem as palavras que saem da boca de Deus, o homem não vive ou o homem morre. Ou seja, não existe vida espiritual sem as palavras que saem da boca de Deus. A maior tragédia do povo de Israel foi se afastar da palavra de Deus. Nesta lição vamos aprender da experiência triste do que aconteceu com o antigo povo de Deus.

O que aconteceu com Israel

1. O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento (Os 4:6)

O profeta Oséias está anunciando o fim do reino de Israel que seria destruído pelos assírios e depois pela Babilônia e diz que a razão desta destruição está na falta de conhecimento da sua palavra. O povo era religioso, mas não agradava a Deus por falta de orientação espiritual. Quantas pessoas hoje são crentes e ignoram a palavra de Deus, seguindo preceitos de homens, pensando que estão agradando a Deus.

2. Porque tu, Sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei para que não sejas sacerdote diante de mim (Os 4:6)

O profeta fala que o problema vinha da elite sacerdotal. Eles haviam abandonado a palavra de Deus e passaram a ensinar ao povo coisas de sua própria imaginação. O povo de Deus não pode ser dirigido por boas ideias, eles precisam do alimento mais puro: a palavra do Deus vivo, que é o alimento da alma e do espírito. Quando rejeitamos a palavra de Deus o resultado é que o próprio Deus também nos rejeita. Deus não tem compromisso com a palavra do homem, mas com a sua.

3. Não havendo profecia, o povo se corrompe, mas Bem Aventurado é o que guarda a Lei (Pv 29:18)

Profecia aqui quer dizer a palavra que Deus falou a seu povo, ou seja, a Bíblia Sagrada. Esse texto não está dizendo que devemos ficar agora procurando pessoas que nos falem em nome do Senhor, pois já temos a eterna palavra de Deus conosco. A Bíblia é a sua palavra escrita e inspirada. Sem a Bíblia, o resultado é a corrupção, o erro, a tragédia existencial do homem, da igreja e da nação. Por outro lado, temos que Bem-Aventurado é o que guarda a lei. O significado da palavra bem-aventurado é feliz, próspero, bendito, protegido e bem sucedido. Tudo isso você será se guardar a Palavra de Deus.

4. Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando? (Lc 6:46)

No tempo de Jesus havia muitos homens que dedicavam suas vidas inteiras à sua religião e passavam o tempo todo nos templos em rezas, jejuns e sacrifícios. Mas interiormente rejeitavam a verdade da palavra de Deus, preferindo cumprir seus próprios dogmas e tradições, em vez de buscar aquilo que Deus realmente queria que eles fizessem. Neste texto Jesus está repreendendo o povo, dizendo que Deus está mais interessado na obediência à sua palavra do que na educação e o formalismo do homem.

5. Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra e Luz para os meus caminhos 

(Sl 119:105)

O argumento aqui é que a palavra de Deus é lâmpada e luz para aqueles que a leem e buscam ser instruídos por ela. O contrário também é verdadeiro: sem a palavra de Deus, o homem não sabe para onde vai porque seu caminho não tem nem lâmpada e nem luz. Que lâmpada e luz são essas? Trata-se de direção e sabedoria divina para a vida.

6. Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus (Mt 22:29)

Os saduceus tinham um grande problema para entender a Ressureição, que poderia ser resolvido em uma simples leitura bíblica. Quantos crentes hoje pecam, erram, ensinam errado e são enganados porque desconhecem o ensino bíblico, problema que seria fácil de resolver: Basta ler e estudar as Escrituras.

Responda:

1.  Por que muitos crentes sofrem, são enganados e vivem uma vida medíocre?

2.  O que acontece com o povo quando não há profecia (conhecimento)? Explique.

3.  Segundo Jesus qual o erro dos fariseus?

4.  O que você acha que acontecerá com um crente se ele abandonar a palavra de Deus?

Versículo para decorar: (II Tm 2.15)

"Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade."

Introdução

Paulo, aconselhando seu filho Timóteo, fala: “procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da Verdade.” (II Tm 2:15).

O médico maneja bem seu bisturi, o engenheiro sua planta, o mecânico suas ferramentas. E o homem de Deus? Qual sua ferramenta? A Bíblia. Agora, para a tristeza de Deus muitos crentes mal sabem abrir a sua Palavra. Nesta lição você vai saber como manusear a ferramenta do Espírito Santo, a Bíblia.

Memorize o índice da Bíblia

Há crentes que não sabem abrir a Bíblia e nem encontrar os livros. É muito simples, gaste um tempo citando e recitando todos os livros do antigo e depois o novo testamento e veja como fica fácil abrir e encontrar qualquer um de seus livros.

Faça anotações individuais

Habitue-se a tomar notas de suas meditações da Palavra de Deus. Como a nossa memória é fraca, distribua anotações por assunto escolhido e destacando uns dos outros, use uma agenda ou um pequeno caderno de anotações.

Aprenda a ler e escrever as referências bíblicas

Um sistema muito bom é o da SBB. Duas letras. Sem ponto abreviativo, para cada livro. Entre capitulo e versículo põe-se apenas um ponto. Por exemplo: I Jo 2:4 (Primeira João, capitulo 2 e versículo 4).

Saiba o que é:

1. Texto

São palavras contidas numa passagem.

2. Contexto

São os versículos antes e depois do anterior e posterior ao que se lê no texto. O contexto pode ser o capítulo inteiro ou um livro inteiro.

3. Referência

É a conexão direta que existe entre determinado assunto. Essa conexão pode haver dentro do capitulo ou em outros livros da Bíblia. Por exemplo: encontre as referências bíblicas sobre a volta de Cristo (Zc 14:4,5; Jd v14).

4. Inferência

É uma conexão indireta entre assuntos ou uma conclusão que se faz, por exemplo: 

 Rm 6.23 é uma conclusão de todo o capitulo 6 de Romanos. É uma ilação ou dedução.

5. Manuscritos

São copias dos originais. São raros e os poucos que existem são preciosidades e não estão mais disponíveis.

6. Versões

São traduções de manuscritos. Hoje existem muitas versões ou traduções. Uma tradução é o esforço de aproximar o máximo possível o texto sagrado original para um outro idioma.

7. As Siglas

O uso dessas siglas poupa tempo e trabalho.

a.C. Antes de Cristo;

d.C. Depois de Cristo;

a.D. Anno Domini, isto é o ano do Senhor, em alusão ao nascimento de Jesus.

“ss” Indica os versículos que se seguem até o fim ou não do Capitulo: (Rm 11:17ss)

“qv” Significa “que veja”. Recomendação para não deixar de ler o texto indicado.

“cf” Significa compare, confirme, confronte.

“i.e” Significa isto é. Vem do Latim Id est.

ARC Almeida Revisada e Corrigida

ARA Almeida Revisada e Atualizada

FIG Antônio Pereira de Figueiredo

NVI Nova Versão Internacional

KJV Versão do Rei Thiago

Tenha fontes de pesquisa

Um líder de grupo estudioso das Escrituras precisa ter sua biblioteca particular. Paulo tinha suas fontes de consulta (II Tm 4:13). É bom ter várias versões da Bíblia, um bom dicionário de português, dicionário bíblico, concordância bíblica, chave bíblica, comentários, atlas e manuais de doutrinas. Note, porém, que os livros comuns são bons, mas não podem substituir a Bíblia. Leia e estude primeiramente a Bíblia, depois os outros livros.

Perguntas:

1. O que é um texto?

2. O que é um contexto?

3. O que é uma referência?

4. O que são manuscritos?

5. O que são Versões?

Versículo para decorar: (II Pe 1.21).

“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”

A. Introdução.

A Bíblia é a revelação de Deus ao homem. É a definição mais certa da Bíblia. Tudo que o homem precisa saber sobre sua origem, queda, redenção e futuro estão ali. A Bíblia não é um livro científico e nem tem tudo o que o homem gostaria de saber, mas tem tudo o que ele precisa saber para ter comunhão com o seu criador.

B. A Bíblia e sua história.

1. Em que foi escrita?

Os originais e manuscritos bíblicos foram escritos em papiro e pergaminho. O papiro era extraído de uma planta aquática desse mesmo nome. Já o pergaminho era da pele de animais, curtida e preparada para escrita. É material superior ao papiro, porém mais recente do que aquele.

2. Formatos da Bíblia?

Foram dois: rolo e códice. Esses eram os formatos dos livros antigos. O rolo era um rolo de fato, feito de papiro ou pergaminho. Era preso a dois cabos de madeira. Cada livro era um rolo em separado. Já o códice era uma obra no formato de livro, mas de grandes proporções. O que tornou isso possível foi a invenção do papel no século II pelos chineses e a do prelo de tipos móveis pelo alemão Gutemberg em 1450 d.C.

3. O tipo de escrita.

Era manuscrito. Feito pelos escribas de modo laborioso, lento e caro. Uncial é o manuscrito que contém só maiúsculas, e cursivo, o que contém só minúsculas.

4. Línguas originais.

As principais são duas: hebraica, para o antigo testamento e a grega, para o novo testamento. Foi nessas línguas que a Bíblia foi originalmente escrita e inspirada. As traduções só conservam a inspiração quando reproduzem fielmente o texto original.

5. Os escritores.

Foram cerca de 40 homens que escreveram e viveram distantes uns dos outros. E esses homens pertenceram às mais variadas profissões e atividades e seus contextos sociais eram bem diferentes. Levaram cerca 1600 anos para escreverem a Bíblia. Apesar de toda essa dificuldade, eles não cometem erros, nem contradições. Isso só pode ser explicado como um milagre. Na verdade, foi o Espírito de Deus que os conduziu de modo que o que eles escreveram eram palavras de Deus.

6. A origem do nome “Bíblia”.

O nome “Bíblia” que existe na capa de sua Bíblia, não existe dentro do volume sagrado. Esse nome foi primeiramente aplicado às Escrituras por João Crisóstomo, o grande reformador e patriarca de Constantinopla (347-407 d.C.) e significa “coleção de livros pequenos”. De fato, a Bíblia é uma coleção de livros perfeitamente harmônicos entre si.

C. A estrutura da Bíblia.

1. Sua divisão.

A Bíblia está dividida em duas partes principais: o Antigo Testamento – foi escrito para dizer que Cristo viria ao mundo; e o Novo Testamento – foi escrito para dizer que o Messias ou o Cristo, já veio.

2. Composição.

São 66 livros ao todo, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. O maior é o livro de Salmos e o menor é o livro de III João.

3. Capítulos.

São 1189 ao todo, sendo 929 no antigo testamento e 260 no novo testamento. O maior capitulo é o Salmo 119 e o menor é o Salmo 117. Para ler a Bíblia toda em um ano basta ler 5 capítulos aos domingos e 3 capítulos nos demais dias da semana. Foi dividida em capítulos em 1250 d.C. por Hugo de Saint Cher, Abade Dominicano.

4. Os versículos.

São ao todo 31.173, onde 23.214 no antigo Testamento e 7.959 no Novo Testamento. O maior é Ester 8:09 e o menor é Êx 20:13. Foi dividida em versículos e em duas etapas: o Antigo Testamento em 1445 pelo Rabi Nathan e o Novo Testamento em 1551 pelo impressor Robert Stevens, que publicou em 1555 a primeira Bíblia dividida em capítulos e versículos, era uma Vulgata Latina.

D. Fatos e particularidades da Bíblia.

1. Há na Bíblia 8000 menções de Deus em seus vários nomes 177 menções do diabo em seus vários nomes.

2. A vinda do Senhor é citada 1845 vezes, sendo 1527 no antigo testamento e 318 vezes no novo testamento. Não seria esse um assunto para sua meditação?

3. A frase “não temas” ocorre 365 vezes em toda a Bíblia, o que dá uma para cada ano.

4. A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo após a invenção dos tipos gráficos; isto aconteceu em 1452, em Mogúncia, Alemanha, por Gutemberg, inventor da imprensa.

5. Os números 3 e 7 predominam admiravelmente em toda a Bíblia.

6. Em 2020 foram publicadas Bíblias com novas traduções em 21 idiomas alcançando 694 milhões de pessoas. 2020 bateu o recorde de traduções em 700 idiomas. Saiba mais aqui!

Ineditamente, em agosto de 2020 a Bíblia contou com a sua tradução completa em 700 idiomas, um grande marco para a tradução global da Bíblia em um ano de pandemia.

Atualmente, no início de 2021, a Bíblia completa ficou disponível em 704 idiomas, alcançando 5,7 bilhões de pessoas em todo o mundo.

Além disso, 825 milhões de pessoas têm acesso ao NV em sua língua e mais 450 milhões contam com algumas partes da Escritura traduzidas no seu idioma, segundo a Eternity News.

Baixe um mapa e acompanhe o desenvolvimento das traduções aqui!

E. Responda.

1. Quais os formatos iniciais da Bíblia?

2. Em que Línguas e Bíblia foi escrita? 

3. Quantos eram os autores e quanto tempo a Bíblia levou para ser concluída?

4. Diga qual origem do nome Bíblia?

5. Como se divide a Bíblia? E quantos livros há em cada parte?

Versículo para memorizar: (II Tm 3.16)

"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça"

Introdução

Cada carpinteiro deve conhecer sua caixa de ferramentas. Ele, certamente, deve saber distinguir o serrote do esquadro, saber a indicação de cada um e como usá-lo. Deve ele, também, saber onde e em que caixa de ferramentas se encontra o objeto necessário para o trabalho que está fazendo. A Bíblia é a caixa de ferramentas do cristão. Há uma Escritura para cada ocasião. Nela, em qualquer circunstância, encontraremos argumentos ou lógica humana para instruir o povo e ganhá-lo para Cristo. É muito fácil aprender os livros do antigo testamento numa tarde.

Os livros do Antigo Testamento

1. Os livros da lei (Pentateuco)

Há cinco Livros da Lei. São eles: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 

Estes cinco livros são chamados Pentateuco, penta sendo a palavra grega para cinco. Em geral, é concordado que foram escritos por Moisés, exceto o último capítulo de Deuteronômio que foi, evidentemente, acrescentado por um escritor posterior, possivelmente Josué.

Gênesis – a palavra Gênesis significa o princípio. Nenhuma outra explicação do começo das coisas foi tão completa, satisfatória e incrível como as que foram dadas nas 4 primeiras palavras de Gênesis: “No princípio criou Deus”.

É também digna de nota a descrição precisa dos profetas sobre acontecimentos remotos nos obscuros séculos do futuro. Assim o escritor de Gênesis olha atrás e relata incidentes e descreve com precisão, eventos obscuro passado, muito antes de qualquer história ou do advento do próprio homem. Nenhuma experiência e nenhuma fonte histórica pode explicar o fato porque Moisés, antecedendo a ciência por três mil e quinhentos anos, deu corretamente a ordem dos acontecimentos na criação. A ordem agora determinada pelos geólogos e a ordem de Gênesis, coincidem exatamente.

Gênesis abrange um período de séculos desconhecidos, do “princípio”, do aparecimento e desaparecimento de numerosas civilizações e povos e leva a história para o Êxodo, aproximadamente no ano 1440 A.C. Abrange muito da conhecida Dispensação Patriarcal.

Êxodo – Significa saída e trata da história de Israel com o Êxodo; abrange os quarenta anos de peregrinação no deserto; a doação dos primeiros códigos da lei, incluindo os Dez Mandamentos; a constituição de Israel numa organização política definitiva; a construção do tabernáculo e o princípio do culto sistematizado dos sacerdotes e levitas.

Levítico – Recebeu este nome da tribo descendente de Levi, filho de Jacó. Os homens da tribo foram dispensados do serviço militar e foram requisitados para o serviço religioso e dentre eles todos os sacerdotes eram escolhidos. O Levítico contém a lei para os sacerdotes e levitas usarem na administração do culto e na orientação do povo.

Números – É uma continuação da lei, é assim chamado por causa da enumeração ou censo realizado por ordem de Deus.

Deuteronômio – É realmente uma continuação de Números. Contém a instrução final de Moisés para o povo de Deus. Estes livros abrangem os períodos de provação e preparação.

2. Os livros de História (Históricos)

Josué I Samuel Esdras

Juízes II Samuel Neemias

Rute I Reis Ester

II Reis

I Crônicas

II Crônicas

Josué – Esse Livro é uma sequência do Pentateuco. Moisés faleceu na Terra de Moabe e Josué, seu sucessor, teve a missão de liderar para atravessar o Jordão e entrar e Canaã. A maior parte do Livro descreve a conquista da Terra Prometida e a divisão da terra entre as tribos de Israel.

Juízes – Esses juízes eram indivíduos controlados pelo Espírito que, em tempos de problemas nacionais, lideravam o povo na guerra. Depois continuavam a liderar o povo funcionando como magistrados.

Rute – Descreve a orientação de Deus na vida de uma família israelita que havia se mudado para uma terra estranha e ali morreram o pai e os dois filhos. O Livro trata da volta desta família e sua restauração através de Rute.

I e II Samuel – Os livros de Samuel registram a transição da Teocracia para a Monarquia.

I e II Reis – O alvo desses livros é mostra claramente que, embora Israel tivesse uma aliança com Deus, a maioria de seus reis rejeitaram e quebraram as obrigações do pacto com Deus.

I e II Crônicas – Nas Escrituras Hebraicas os dois Livros de Crônicas eram originalmente um só. Esses Livros tratam dos acontecimentos diários do Povo de Deus.

Esdras – Este Livro contém quase tudo quanto se sabe acerca da história dos Judeus entre 538 a.C., quando Ciro, o Persa, conquistou a Babilônia, e 457 a.C., quando Esdras chegou a Jerusalém. Vemos a mão de Deus no fato de que o rei Ciro permitiu aos Judeus regressarem do exílio e reedificarem, o templo destruído.

Neemias – Este Livro é uma lição sobre oração, sacrifício e tenacidade. Neemias, a personagem principal, desistiu de uma posição honrável e bem paga, perante o rei da Pérsia, em 445 a.C., afim de reedificar os muros de Jerusalém.

Ester – O Livro de Ester pinta graficamente as lutas do judeus dispersos durante o reinado de Assuero, o Persa, contra as tramas de certo Primeiro Ministro chamado Hamã. Embora o nome de Deus não seja mencionado neste Livro, sua mão se manifesta continuamente em todas as circunstâncias detalhadas do relato.

3. Os livros de Poesia (Poéticos)

Jó

Salmos

Provérbios 

Eclesiastes

Cantares

Aqui está a mais notável coleção de livros de poesia do mundo, do ponto de vista da idade, influência, permanência e beleza.

São eles:

O livro de Jó – É classificado pelo críticos literários, junto ao de Isaías, como uma das maiores produções literárias de todos os tempos. O autor é desconhecido. O valor do livro está em si mesmo mais do que no nome do autor. Está escrito na forma de poesia dramática como o antigo drama grego, com diálogo, apresentação e epílogo. É um livro sobre as recompensas da fé provada.

O Livro de Salmos – Foram na maioria escritos e compostos por Davi e representam a poesia cantada no templo.

O Livro de Provérbios – É um dos livros conhecidos como os livros da sabedoria e foi escrito e colecionado por Salomão.

O Livro de Eclesiastes – Significa “o pregador” e é assim chamado porque, sem dúvida, é realmente um sermão. Evidentemente, não foi escrito por alguém que foi santo, mas alguém que foi um grande pecador. Sua mensagem é concluída em Eclesiastes 12:13 “De tudo o que se tem ouvido a suma é: Teme a Deus e guarda os mandamentos, porque este é o dever de todo homem.”

Os Cânticos de Salomão – Estão em forma de drama musical com um número de caracteres falando, mas sua designação é que o torna difícil. Várias interpretações têm sido dadas mas, aparentemente, é uma retratação de puro amor, num tempo em que a impureza reinava.

4. Os livros de profecia

Para ajudar na nomeação dos dezessete livros de profecia sugerimos que sejam divididos em quatro grupos, com cinco livros no primeiro grupo e quatro em cada um dos outros, como segue:

Profetas Maiores

Isaías

Jeremias

Lamentações

Ezequiel

Daniel

Profetas Menores

Oséias Jonas Sofonias

Joel Miquéias Ageu

Amós Naum Zacarias

Obadias Habacuque Malaquias

Os profetas e seus ofícios

A escola de profetas fundada por Samuel deu abundantes frutos. 

Existiam muitos profetas realmente lado a lado, como aqueles cujos nomes são representados pelos livros da Bíblia; por exemplo, Elias e Eliseu. Tomaram importante lugar. Fora conselheiros particulares dos reis, historiadores da nação, instrutores do povo, mantenedores da religião e denunciadores do pecado em todas as suas formas entre os pequenos e grandes. Guardaram a salvo os ideais da nação, foram os pregadores da retidão e por fim predisseram eventos que logo aconteceram e para os séculos futuros, tais como a frequente predição da vinda de Cristo e do Cristianismo. 

Em outras palavras, eles foram a voz de Deus para seu povo e para o mundo. Suas profecias constituem uma das provas da inspiração, não somente de seus próprios escritos, mas da Bíblia inteira.

Os profetas Maiores

O Livro de Isaías – Este livro é chamado às vezes, “O Evangelho segundo Isaías”, ou “O 5º Evangelho” com pressentimentos e descrições dos acontecimentos na vida de Cristo e da igreja primitiva. 

Como exemplo de profecia feita por Isaías oitocentos anos antes da vinda de Cristo, consideramos a seguinte: “Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel”. (Isaías 7:14), ou novamente: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, e Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).

O Livro de Jeremias – É chamado o “Profeta Lacrimoso”. Escreveu Jeremias e Lamentações, cerca do ano 630 a.C. Embora fraco e desanimado foi chamado às mais duras provas, exigindo o máximo de resolução e coragem.

O Livro de Ezequiel – Ezequiel significa poder de Deus. Começou suas profecias em meados do ano 592 a.C. e tratou mais de coisas pertencentes a Israel e seu destino.

O Livro de Daniel – Daniel viveu aproximadamente no mesmo tempo. Foi da linhagem real e foi um dos levados para o cativeiro. Escreveu em forma apocalíptica como João no Apocalipse. Seu livro é chamado o Apocalipse do Antigo Testamento.

Os profetas Menores 

A divisão em profetas maiores e menores é mais baseada na extensão do livro do que na importância ou ordem dos escritos. Por exemplo:

Oséias – Viveu escreveu antes de Isaías, embora este livro o antecedesse na presente ordem dos livros das nossas Bíblias, ocupando menos que uma página e poucos minutos para sua leitura completa.

Jonas – É um dos maiores livros de ensinamentos da Bíblia sobre o assunto da obediência. É um dos livros que quase todos já ouviram discussão a respeito e cuja mensagem é, infelizmente, conhecida por poucos.

Habacuque – A mensagem de Habacuque é muito semelhante aos ensinos de Paulo sobre justificação e fé.

Sofonias – Escreve para admoestar não somente os judeus, mas todas as nações.

Malaquias – É chamado “O Selo dos Profetas”, porque é o último. Escreveu cerca de 400 anos antes de Cristo e prediz, como ninguém predisse, o precursor de Cristo.

Perguntas:

1. Nomeie os livro da Lei.

2. Nomeie os livros de História.

3. Nomeie os livros poéticos.

4. Nomeie os livros de profecia.

5. Qual a significação das palavra “Gênesis” e “Êxodo”?

Versículo para decorar: (II Pe 1.21)

"Graça e paz lhes sejam multiplicadas, pelo pleno conhecimento de Deus e de Jesus, o nosso Senhor."

Introdução

Conta-se que certo homem, ao aproximar-se de uma casa de formigas, notou que as milhares de formiguinhas ficaram agitadas ao perceberem sua sombra. Ele então perguntou a si mesmo: “Como explicar para essas formigas que eu não quero fazer-lhes mal?”

A ilustração acima explica a razão de ser do Novo Testamento. 

No Antigo Testamento tínhamos Profetas, Sacerdotes e Homens que falaram de Deus, mas os homens não sabiam como Ele era e nem qual era a sua forma. 

No Novo Testamento, temos o próprio Filho de Deus, tomando a forma humana, vivendo e convivendo com homens, falando a nossa língua e conhecendo as nossas limitações.

O Novo Testamento é o cântico do céu descendo à Terra dos homens. Nele temos os evangelhos que tratam do nascimento, vida, obra e morte do Emanuel (o Deus conosco); um Livro de história da Igreja, carta pastorais dos apóstolos às Igrejas e um Livro Profético.

Os livros do Novo Testamento

1. Os Evangelhos: 

Mateus, Marcos, Lucas e João.

Certamente, todos podem nomear os Evangelhos como a biografia de Jesus.

Logo surge a pergunta: porque quatro biografias? A resposta é que na apresentação da evidência que Jesus é o Cristo, Deus não deixou de fazer nada para que a evidência fosse completa. 

Quatro testemunhas presenciaram o caso, cada uma em sua própria maneira e num sentido mais completo do que uma só testemunha.

Mateus – É assim chamado, por razão do nome do seu escritor, como é o caso dos outros Evangelhos. Mateus, entretanto, escreve particularmente aos judeus para dar provas de que Jesus é o Cristo, o esperado Messias da profecia. Ele trata mais das profecias das Escrituras judaicas do que os outros. Traça a genealogia de Jesus mais apuradamente. A característica de Mateus pode ser encontrada em expressões como “Então se cumpriu o que fora dito, por intermédio do profeta Jeremias” etc. (Mt 2:17).

Marcos e Lucas – São biografias de Jesus, mas escrevem mais para o tipo de mente greco-romano. Deve ser lembrado que em dias do Novo Testamento três civilizações se encontravam na Terra Santa. Foram elas: Grega, representando a cultura e o saber; a Romana, representando lei e poder; e a Judaica, representando a religião e a justiça. Lucas diz em Atos 17:21. “Pois todos de Atenas e os estrangeiros residentes, de outra coisa não cuidavam senão dizer ou ouvir a últimas novidade”. Eles estavam interessados no homem que podia comandar a natureza. A mente romana estava interessada no homem que podia comandar homens. Marcos e Lucas escreveram mais particularmente para o tipo de mente grega e romana para mostrar-lhes Jesus como o homem e a natureza. Mas os seus milagres e obras maravilhosas são registrados por Mateus. Estes três Evangelhos são Sinóticos, por razão da semelhança deles no resumo dos acontecimentos na vida de Cristo.

O Evangelho de João – O Evangelho de João é diferente. É mais geral e trata com princípios e conclusões. Biograficamente é menos completo, escolhendo somente aqueles incidentes necessários para trazer à mente o que ele tem para apresentar. João é conhecido como o Apóstolo do amor e é em João 3:16 que se encontra o verso chamado “o texto de ouro do Novo Testamento”.

2. História – Atos

A segunda divisão do Novo Testamento consiste de um só livro. 

É um livro da história da fundação e dos primeiros dias da igreja. Relembrando que a igreja é de Cristo e não nossa, que Ele a comprou com seu sangue, que Ele é seu fundador e cabeça, naturalmente, estamos interessados em Atos dos Apóstolos, pois é a única história divinamente dada a fundação e dos primeiros dias da igreja do Deus vivo. 

Lucas, o companheiro de Paulo, é o escritor. Deve ser também lembrado que este livro de modo algum relata os atos do apóstolos, mas simplesmente relata alguns dos atos de alguns do apóstolos. 

Há relatos suficientes entretanto, nos capítulos 2, 8, 9, 10 e 16 para dar-nos divinos e inspirados exemplos da conversão do povo de praticamente cada tipo e condição de mente, para que possamos ter a resposta de como tornar-nos cristãos. 

Em adição ao exposto, devemos conhecer o livro de Atos dos Apóstolos como uma das maiores crônicas missionárias já escritas. Nele encontramos o motivo e método missionário.

Também o livro de Atos contém proveitosas sugestões a respeito do culto e da vida dos primeiros cristãos sob a direção dos apóstolos. Quatro fatores marcavam o culto deles:

A doutrina dos apóstolos.

A comunhão.

O partir do pão.

As orações.

Quando espalhados pela amarga perseguição, foram pregando a Palavra de Deus.

3. As Cartas (Epístolas)

Há vinte e uma cartas, cujos nomes devemos aprender em ordem. Se dispostos de um modo como se segue, serão facilmente aprendidos e decorados. É, geralmente atribuída a Paulo a autoria das quatorze primeiras. Estão são:

Romanos I Coríntios

II Coríntios Gálatas

Efésios Filipenses

Colossense I Tessalonice.

II Tessalonice. I Timóteo

II Timóteo Tito

Filemon Hebreus

As sete últimas são de quatro autores: Tiago, Pedro, João e Judas. Estas sete, da mesma maneira, são fáceis de lembrar:

Tiago I Pedro

I João II Pedro

II João Judas

III João

4. Profético – Apocalipse

Este livro é o menos lido e o menos entendido do que qualquer outro do Novo Testamento. 

Isto se deve a duas razões: Primeiro, grande parte dele é profecia sobre o futuro e tem a ver com a parte de Deus na salvação e julgamento final dos homens. 

Algumas da profecias do Antigo Testamento não foram entendidas e não podiam ser, possivelmente, nem mesmo pelos profetas. 

Quando foram proferidas, somente foram entendidas depois de cumpridas. Assim, algumas do Apocalipse serão completamente compreendidas somente nos últimos grandes dias. 

A outra razão é que muitas delas são escritas em linguagem apocalíptica e altamente figurativa, com o livro de Daniel, para o qual é necessário uma chave de interpretação. 

O livro, como um todo, entretanto, pode ser tomado, pois é um livro sobre fidelidade, julgamento final da retidão.

Perguntas:

1. Como se divide o Novo Testamento? Descreva cada divisão.

2. Quantos são os Evangelhos?

3. Para quem foi Escrito cada Evangelho?

4. O Que são os Evangélicos sinóticos?

5. Quais são as Epístolas Paulinas?

Versículo para memorizar: (Cl 3.16)

"Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações."

Introdução

Cânon ou Escrituras Canônicas é a coleção completa dos Livros Divinamente inspirados, que constituem a Bíblia.

Cânon é uma palavra grega e significa literalmente “Vara reta de medir”, assim como a régua do carpinteiro. No sentido religioso, Cânon significa aquilo que serve de norma, regra, padrão de inspiração. Neste sentido vemos várias vezes no Novo Testamento.

(Col 3:16; II Cor 10:13; II Cor 10:15; Fp 3:6).

O termo Cânon foi primeiramente usado por Orígenes (185-254 d.C) para fazer diferença entre Apócrifos. A Bíblia como cânon sagrado, é a nossa regra de fé, nossa norma e pratica de vida cristã.

O Cânon do Antigo Testamento

O Cânon do Antigo Testamento, como temos hoje, ficou completo desde o tempo de Esdras, após 445 a.C. 

Entre os judeus eles têm três divisões, as quais Jesus citou em Lucas 24:14, que são: Lei, Profetas, Escritos. A divisão dos Livros canônicos hebraicos é diferente da nossa. Consiste de 24 Livros em vez dos nossos 39, isso porque são considerados um só livro, cada grupo dos seguintes:

Os dois Samuel -------1

Os dois Reis -----------1

Os dois Crônicas -----1

Os dois Esdras e Neemias ---1

Os doze Profetas menores ----1

Os Demais Livros -----19

O Cânon do Antigo Testamento foi formado num espaço de mais ou menos 1046 anos. 

De Moisés à Esdras, que na qualidade de Escriba e Sacerdote, reuniu os rolos canônicos, ficando também o Cânon encerrado em seu tempo.

O Cânon do Novo Testamento

Homens inspirados por Deus escreveram aos poucos os Livros do Novo Testamento. Sua formação levou apenas duas gerações, ou seja, quase 100 anos. Em 100 d.C todo os Livros do Novo Testamento estavam escritos.

Por causa de Livros Apócrifos que eram abundantes naquela época, uma escritura para ser dita canônica tinha que responder a algumas perguntas: 

A) O escritor era do círculo íntimo de Jesus? 

B) Seu escrito era aceito por todas as Igrejas Cristãs como sendo inspirados? 

C) Os pais da Igreja eram unânimes em aceita-lo como Escrituras Sagrada? 

Essas três perguntas foram a base para a formação do Cânon do Novo Testamento.

A ordem dos 27 Livros, como temos hoje vem da Vulgata, e não considera a sequência cronológica. 

Em 367, Anastácio, patriarca de Alexandria, publicou a lista dos 27 Livros canônicos, os mesmos que hoje temos: Essa lista passou por muitos debates e por fim foi aceito no Concílio de Hipona (África em 393).

Os Livros Apócrifos

A palavra “Apócrifo” significa literalmente “oculto”, “escondido”. No sentido religioso o termo significa “não genuíno”, “espúrio”, “não inspirado”.

A Bíblia da Igreja Católica Romana tem 73 Livros, porque essa Igreja desde o Concílio de Trento, em 1546, incluiu no Cânon do Antigo Testamento 7 Livros Apócrifos, além de 4 acréscimos ou apêndices a Livros canônicos, sendo assim ao todo 11 livros Apócrifos.

Esses livros nunca foram aceitos pelo Cânon Judaico e nem protestante, porque foi introduzido entre os Livros de Malaquias e Mateus, num período em que se cessara por completo a Revelação do Antigo Testamento. 

Nunca foram aceitos pelos judeus como Livros Sagrados e nem jamais foram citados por Jesus.

Jerônimo, Agostinho, Anastácio, Júlio Africano e outros homens de valor dos primitivos cristãos sempre se opuseram a esses livros por acharem sem inspiração Divina. 

Neles se encontram passagens em que o Senhor pede desculpas e vários outros absurdos que provam serem obra da Imaginação do homem e não de Deus.

A Igreja Romana aprovou os Apócrifos em 18 de Abril de 1546, para combater as doutrinas protestantes. 

Houve prós e contras dentro da própria Igreja de Roma. Conta o Cardeal Pallavacini em sua “História Eclesiástica” que havia grandes disputas entre os Jesuítas, Dominicanos e Franciscanos. 

Durante o Concílio, 40 Bispos travaram luta corporal, agarrando à barba e batinas uns dos outros. Foi neste ambiente “espiritual” que os Apócrifos foram aprovados.

Os livros Apócrifos são:

1. Tobias (após o livro canônico de Esdras)

2. Judite (após o livro de Tobias)

3. Sabedoria de Salomão (após o livro canônico de Cantares)

4. Eclesiástico (após o livro de Sabedoria)

5. Baruque (após o livro canônico de Jeremias)

6. I Macabeu

7. II Macabeu (ambos, após o livro canônico de Malaquias)

Os 4 acréscimos ou apêndices são:

1. Ester (a Ester, 10.4-16.24)

2. Cântico dos três santos filhos (a Daniel, 3.24-90)

3. História de Suzana (a Daniel, cap. 13) e

4. Bel e o Dragão (a Daniel cap.14)

Perguntas

1. O que são escrituras canônicas?

2. O que é o Cânon? Dê significado literal e religioso.

3. Quais as três perguntas básicas para se provar que uma escritura era canônica?

4. O que é um livro Apócrifo?

5. Em que ambiente foi introduzido os Apócrifos no Cânon Católico?